MPS.BR - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PROCESSOS

1. NÍVEL G – Parcialmente Gerenciado




Os processos estão descritos e ordenados pelo nível de maturidade de forma crescente, sendo que cada nível inclui os processos do nível anterior. Os níveis são:
G - Parcialmente Gerenciado;
F - Gerenciado;
E - Parcialmente Definido;
D - Largamente Definido;
C - Definido;
B - Gerenciado Quantitativamente, e;
A - Em Otimização.



O nível de maturidade G é composto pelos processos Gerência do Projeto e Gerência de Requisitos. Neste nível os processos devem satisfazer os atributos de processo AP 1.1 (o processo é executado) e AP 2.1 (o processo é gerenciado).

1.1. Processo: Gerência do Projeto – GPR

Nível MR-MPS: G – Parcialmente Gerenciado
 Propósito:
O propósito do processo Gerência de Projetos é identificar, estabelecer, coordenar e monitorar as atividades, tarefas e recursos que um projeto necessita para produzir um produto e/ou serviço, no contexto dos requisitos e restrições do projeto.

Resultados esperados:
GPR 1. O escopo do trabalho para o projeto está definido;
GPR 2. O escopo, os produtos de trabalho e as tarefas do projeto são estimados, através de métodos apropriados;
GPR 3. As fases do ciclo de vida do projeto são definidas;
GPR 4. A viabilidade de atingir as metas do projeto, considerando as restrições e os recursos disponíveis, é avaliada. Se necessário ajustes são realizados;
GPR 5. As tarefas, os recursos e a infra-estrutura necessários para completar o trabalho são planejados;
GPR 6. O cronograma e o orçamento do projeto são estabelecidos e mantidos;
GPR 7. Os riscos do projeto são identificados e o seu impacto, probabilidadede ocorrência e prioridades de tratamento são determinados e documentados;
GPR 7. Os dados relevantes do projeto são identificados, coletados, armazenados e distribuídos. Um mecanismo é estabelecido para acessá-los, incluindo (se pertinente) questões de privacidade e segurança;
GPR 9. Os recursos humanos para o projeto são planejados considerando o perfil e o conhecimento necessários para executá-lo;
GPR 10. O esforço e o custo para os produtos de trabalho e tarefas são estimados baseados em dados históricos ou referências técnicas;
GPR 11. O envolvimento dos interessados no projeto é planejado;
GPR 12. O planejamento do projeto é revisado com todos os interessados e ocompromisso com o mesmo é obtido;
GPR 13. O planejamento do projeto é monitorado no que se refere a cronograma, custos, recursos, riscos, envolvimento dos interessados e dados;
GPR 14. Revisões são realizadas em marcos do projeto conforme estabelecido no planejamento;
GPR 15. Registros e análise dos problemas identificados nas monitorações são estabelecidos;
GPR 16. Ações corretivas são estabelecidas quando necessário e gerenciadas até a sua conclusão.

1.2. Processo: Gerência de Requisitos – GRE

Nível MR-MPS: G – Parcialmente Gerenciado
Propósito:
O propósito do processo Gerência de Requisitos é gerenciar os requisitos dos produtos e componentes do produto do projeto e identificar inconsistências entre
esses requisitos e os planos e produtos de trabalho do projeto.

Resultados esperados:
GRE 1. Uma comunicação contínua com os fornecedores de requisitos é estabelecida;
GRE 2. O entendimento dos requisitos é obtido;
GRE 3. A aceitação dos requisitos é estabelecida por meio de critérios objetivos;
GRE 4. O comprometimento com os requisitos é estabelecido e mantido;
GRE 5. A rastreabilidade entre os requisitos, os planos do projeto e os produtos de trabalho é estabelecida e mantida;
GRE 6. Inconsistências entre os planos do projeto, os produtos de trabalho e os requisitos são identificadas e corrigidas;
GRE 7. Mudanças nos requisitos são gerenciadas ao longo do projeto.



O nível de maturidade F é composto pelos processos do nível de maturidade anterior (G) acrescidos dos processos Aquisição, Gerência de Configuração, Garantia da Qualidade e Medição. Todos estes processos devem satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1 e AP 2.2.

2.1. Processo: Aquisição – AQU

Nível MR-MPS: F - Gerenciado
Propósito:
O propósito do processo de Aquisição é se obter um produto e/ou serviço que satisfaça a necessidade expressa pelo cliente.

Resultados esperados:
AQU 1. As necessidades de aquisição, as metas, os critérios de aceitação do produto e/ou serviço, os tipos e estratégia de aquisição são definidos;
AQU 2. Os critérios de seleção do fornecedor são estabelecidos e usados para avaliar os potenciais fornecedores;
AQU 3. O fornecedor é selecionado com base na avaliação das propostas e dos critérios estabelecidos;
AQU 4. Um acordo que expresse claramente a expectativa, as responsabilidades e as obrigações de ambos (cliente e fornecedor) é estabelecido e negociado entre o cliente e o fornecedor;
AQU 5. Um produto e/ou serviço que satisfaz a necessidade expressa pelo cliente é adquirido baseado na análise dos potenciais candidatos;
AQU 6. A aquisição é monitorada de forma que as condições especificadas são atendidas, tais como: custo, cronograma e qualidade e, se necessário, ações corretivas são conduzidas;
AQU 7. O produto e/ou serviço de software entregue é avaliado em relação ao acordado e os resultados da aceitação são documentados.
AQU 8. O produto adquirido (caso pertinente) é incorporado ao projeto.

2.2. Processo: Gerência de configuração – GCO

Nível MR-MPS: F - Gerenciado
Propósito:
O propósito do processo de Gerência de Configuração é estabelecer e manter a integridade de todos os produtos de trabalho de um processo ou projeto e disponibilizá-los a todos os envolvidos.

Resultados esperados:
GCO 1. Os itens de configuração são identificados;
GCO 2. Os itens de configuração gerados pelo projeto são definidos e colocados sob uma linha base;
GCO 3. É estabelecido e mantido um Sistema de Gerência de Configuração;
GCO 4. As modificações e liberações dos itens de configuração são controladas;
GCO 5. As modificações e liberações são disponibilizadas para todos os envolvidos;
GCO 6. A situação dos itens de configuração e as solicitações de mudanças são registradas, relatadas e o seu impacto é analisado;
GCO 7. A completeza e a consistência dos itens de configuração são asseguradas;
GCO 8. O armazenamento, o manuseio e a entrega dos produtos de traballho são controlados;
GCO 9. A integridade das linhas bases (baselines) é estabelecida e mantida, através de auditoria da configuração e de registros da Gerência de Configuração.

2.3. Processo: Garantia da Qualidade – GQA

Nível MR-MPS: F - Gerenciado
Propósito:
O propósito do processo Garantia da Qualidade é garantir que os produtos de trabalho e a execução dos processos estão em conformidade com os planos e recursos predefinidos.

Resultados esperados:
GQA 1. A aderência dos produtos aos padrões, procedimentos e requisitos aplicáveis é avaliada objetivamente;
GQA 2. A aderência dos processos executados aos padrões, procedimentos e requisitos aplicáveis é avaliada objetivamente;
GQA 3. Os produtos de trabalho são avaliados antes de serem entregues ao cliente e em marcos predefinidos ao longo do ciclo de vida do projeto;
GQA 4. Os problemas e as não-conformidades são identificados, registrados e comunicados;
GQA 5. Ações corretivas para não-conformidades são estabelecidas e acompanhadas até as suas efetivas conclusões;
GQA 6. O escalonamento das ações corretivas para níveis superiores é realizado, quando necessário, de forma a garantir a solução das mesmas;
GQA 7. A aderência ao processo de Garantia da Qualidade e de seus produtos de trabalho aos padrões, procedimentos e requisitos aplicáveis é avaliada objetivamente.

2.4. Processo: Medição – MED

Nível MR-MPS: F - Gerenciado
Propósito:
O propósito do processo Medição é coletar e analisar os dados relativos aos produtos desenvolvidos e aos processos implementados na organização e em seus projetos, de forma a apoiar os objetivos organizacionais.

Resultados esperados:
MED 1. Objetivos e atividades de medição são estabelecidos a partir das necessidades de informação e objetivos da organização;
MED 2. Um conjunto adequado de medidas, orientado pelas necessidades de informação e objetivos de medição, é identificado e/ou desenvolvido, priorizado, documentado, revisado e atualizado;
MED 3. As atividades coleta e armazenamento são especificadas, incluindo-se métodos e ferramentas;
MED 4. As atividades de análise são especificadas, incluindo-se métodos e ferramentas;
MED 5. Os dados requeridos são coletados e analisados;
MED 6. Os dados e os resultados são armazenados;
MED 7. As informações produzidas são usadas para apoiar decisões e para fornecer uma base objetiva para comunicação aos interessados.



O nível de maturidade E é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G e F), acrescidos dos processos Adaptação do Processo para Gerência do Projeto, Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional, Definição do Processo Organizacional, e Treinamento. Todos os processos devem satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2.

3.1. Processo: Adaptação do Processo para Gerência do Projeto – APG

Nível MR-MPS: E – Parcialmente Definido
Propósito:
O propósito do processo Adaptação do Processo para Gerência do Projeto é estabelecer e gerenciar o projeto e envolver os interessados de acordo com o processo definido e integrado que é adaptado do conjunto de processos-padrão da organização.

Resultados esperados:
APG 1. Um processo definido para o projeto é estabelecido de acordo com a estratégia para adaptação de processo da organização. ;
APG 2. O planejamento e as estimativas das atividades do projeto são feitos baseados no repositório de estimativas e no conjunto de ativos de processos organizacionais;
APG 3. O Plano do Projeto e outros planos que afetam o projeto são integrados;
APG 4. O projeto é gerenciado utilizando-se o Plano do Projeto, outros planos que afetam o projeto e o processo definido para o projeto;
APG 5. Os produtos de trabalho, medições e experiências documentadas contribuem para os ativos de processos organizacionais;
APG 6. O envolvimento dos interessados no projeto é gerenciado;
APG 7. Dependências críticas são identificadas, negociadas e acompanhadas com os interessados ;
APG 8. Questões pertinentes são resolvidas com os interessados

3.2. Processo: Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional – AMP

Nível MR-MPS: E – Parcialmente Definido
Propósito:
O propósito do processo Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional é determinar o quanto os processos-padrão da organização contribuem para a
organização a planejar e implementar melhorias contínuas nos processos com base no entendimento de seus pontos fortes e fracos.

Resultados esperados:
AMP 1. A descrição das necessidades e os objetivos dos processos da organização estão estabelecidos e mantidos;
AMP 2. As informações e os dados relacionados ao uso dos processos padrão para projetos específicos existem e são mantidos em repositório específico;
AMP 3. Revisões dos processos-padrão da organização são realizadas em intervalos adequados para assegurar sua adequação e efetividade e manter o entendimento de seus pontos fortes e fracos;
AMP 4. Registros precisos das avaliações realizadas são obtidos e mantidos acessíveis;
AMP 5. Os objetivos de melhoria são identificados e priorizados e as conseqüentes mudanças nos processos são planejadas e implementadas de forma controlada e com resultados previsíveis;
AMP 6. A implantação de ativos do processo organizacional ou de alterações nestes ativos são implementadas de forma controlada na organização;
AMP 7. Experiências relacionadas aos processos são incorporadas nos ativos do processo organizacional;
AMP 8. Dados técnicos, históricos e resultantes das avaliações são analisados e usados para melhorar os processos, recomendar mudanças nos projetos e determinar necessidades de mudanças tecnológicas.

3.3. Processo: Definição do Processo Organizacional – DFP

Nível MR-MPS: E – Parcialmente Definido
Propósito:
O propósito do processo Definição do Processo Organizacional é estabelecer e manter um conjunto de ativos dos processos organizacionais usável e aplicável às necessidades de negócio da organização.

Resultados esperados:
DFP 1. Um conjunto de processos-padrão da organização é definido e documentado, juntamente com a indicação da aplicabilidade de cada processo;

DFP 2. O conjunto de processos definido é mantido em uma biblioteca de ativos de processos da organização com mecanismos de consulta e recuperação;
DFP 3. Tarefas, atividades e produtos de trabalho associados aos processos padrão são identificados e detalhados, juntamente com as características de desempenho esperadas;
DFP 4. As descrições dos modelos de ciclo de vida a serem utilizados nos projetos da organização são estabelecidas e mantidas;
DFP 5. São desenvolvidas estratégias para adaptação do processo-padrão de acordo com as necessidades dos projetos;
DFP 6. O repositório de medidas da organização é estabelecido e mantido.

3.4. Processo: Treinamento – TRE

Nível MR-MPS: E – Parcialmente Definido
Propósito:
O propósito do processo Treinamento é prover a organização e os projetos com profissionais que possuam os conhecimentos e as habilidades necessárias para executar suas funções de forma efetiva.

Resultados esperados:
TRE 1. Uma estratégia de treinamento é planejada e implementada com o objetivo de atender as necessidades de treinamento dos projetos e da organização;
TRE 2. As necessidades de treinamento que são responsabilidade da organização são identificadas;
TRE 3. Para garantir que todos os indivíduos tenham o conhecimento e habilidades requeridas para executar suas atividades, é estabelecida uma estratégia para treinamento que contemple mecanismos, materiais e instrutores qualificados;
TRE 4. O treinamento é conduzido e registrado;
TRE 5. A efetividade do treinamento é avaliada.



O nível de maturidade D é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores ( G ao E), acrescidos dos processos Desenvolvimento de Requisitos, Integração do Produto, Solução Técnica, Validação, e Verificação. Todos os processos devem satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2.

4.1. Processo: Desenvolvimento de Requisitos – DRE

Nível MR-MPS: D – Largamente Definido
Propósito:
O propósito do processo Desenvolvimento de Requisitos é estabelecer os requisitos dos componentes do produto, do produto e do cliente.



Resultados esperados:
DRE 1. As necessidades e expectativas, restrições e requisitos de interface do cliente são identificadas;
DRE 2. Um conjunto definido de requisitos funcionais e não-funcionais que descrevem a solução do problema a ser resolvido é estabelecido a partir das necessidades, expectativas, restrições e requisitos do cliente e da interface ;
DRE 3. Os requisitos do cliente são refinados, elaborados e alocados para o desenvolvimento dos requisitos do produto e dos componentes do produto;
DRE 4. Conceitos operacionais e cenários são desenvolvidos;
DRE 5. A definição das funcionalidades requeridas é desenvolvida e mantida;
DRE 6. Os requisitos são analisados para assegurar que são necessários e suficientes e para balancear as necessidades dos interessados com as restrições existentes;
DRE 7. Os requisitos são validados.

4.2. Processo: Integração do Produto – ITP

Nível MR-MPS: D - Largamente Definido
Propósito:
O propósito do processo Integração do Produto é compor os componentes do produto, produzindo um produto integrado consistente com o projeto (design), demonstrar que os requisitos funcionais e não-funcionais são satisfeitos para o ambiente alvo ou equivalente.



Resultados esperados:
ITP 1. Uma estratégia de integração, consistente com o projeto (design) e com os requisitos do produto, é desenvolvida para os componentes do produto. Esta estratégia deve determinar os componentes do produto que serão integrados e a seqüência de integração dos componentes;
ITP 2. Um ambiente para integração dos componentes do produto é estabelecido e mantido;
ITP 3. A compatibilidade das interfaces internas e externas dos componentes do produto é assegurada;
ITP 4. As definições, projeto e mudanças nas interfaces internas e externas são gerenciados para os componentes dos produtos e produtos;
ITP 5. Cada componente do produto é verificado, utilizando-se critérios definidos, para confirmar que os mesmos estão prontos para a integração;
ITP 6. Os componentes do produto são integrados, de acordo com a seqüência determinada e seguindo os procedimentos e critérios para integração;
ITP 7. Os componentes do produto integrados são avaliados e os resultados da integração são registrados;
ITP 8. Uma estratégia de regressão é desenvolvida e aplicada para uma nova verificação do produto quando ocorre uma mudança nos componentes do produto (incluindo requisitos, projeto e códigos associados);
ITP 9. O produto e a documentação relacionada são preparados e entregues ao cliente.

4.3. Processo: Solução Técnica – STE

Nível MR-MPS: D – Largamente Definido
Propósito:
O propósito do processo Solução Técnica é projetar, desenvolver e implementar soluções para atender aos requisitos.



Resultados esperados:
STE 1. Alternativas de solução para atender aos requisitos definidos são desenvolvidas de acordo com critérios identificados;
STE 2. Soluções são selecionadas para o produto ou componentes do produto com base em cenários definidos e em critérios identificados;
STE 3. O produto ou componente do produto é projetado e documentado;
STE 4. As interfaces entre os componentes do produto são projetadas com base em critérios predefinidos;
STE 5. Uma análise dos componentes do produto é conduzida para decidir sobre sua construção, compra ou reuso;
STE 6. Os componentes do produto e a sua documentação associada são implementados e verificados de acordo com o projeto;
STE 7. A documentação é identificada, desenvolvida e disponibilizada de acordo com os padrões identificados;
STE 8. A documentação é mantida de acordo com os critérios definidos.

4.4. Processo: Validação – VAL

Nível MR-MPS: D - Largamente Definido
Propósito:
O propósito do processo Validação é confirmar que um produto ou componente do produto atenderá a seu uso pretendido quando colocado no ambiente para o qual foi desenvolvido.
Resultados esperados:
VAL 1. Produtos de trabalho a serem validados são identificados;
VAL 2. Uma estratégia de validação é desenvolvida e implementada estabelecendo cronograma, participantes envolvidos, métodos para validação e qualquer material a ser utilizado na validação;
VAL 3. Critérios para validação dos produtos de trabalho a serem validados são identificados e um ambiente para validação é estabelecido;
VAL 5. Problemas são identificados, registrados e ações corretivas são realizadas;
VAL 6. Evidências de que os produtos de software desenvolvidos estão prontos para o uso pretendido são fornecidas;
VAL 7. Resultados de atividades de validação são analisados e disponibilizados para os interessados.

4.5. Processo: Verificação – VER

Nível MR-MPS: D - Largamente Definido
Propósito:
O propósito do processo Verificação é confirmar que cada serviço e/ou produto de trabalho do processo ou do projeto reflete apropriadamente os requisitos especificados.



Resultados esperados:
VER 1. Produtos de trabalho a serem verificados são identificados;
VER 2. Uma estratégia de verificação é desenvolvida e implementada estabelecendo cronograma, revisores envolvidos, métodos para verificação e qualquer material a ser utilizado na verificação;
VER 3. Critérios para verificação dos produtos de trabalho a serem verificados são identificados e um ambiente para verificação é estabelecido;
VER 4. Atividades de verificação, incluindo testes e revisões por pares, são executadas;
VER 5. Defeitos são identificados, registrados e ações corretivas são realizadas.
VER 6. Resultados de atividades de verificação são analisados e disponibilizados para os interessados.



O nível de maturidade C é composto pelos processos dos níveis - de maturidade anteriores (G ao D), acrescidos dos processos Análise de Decisão e Resolução e Gerência de Riscos. Todos os processos devem satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2.

5.1. Processo: Análise de Decisão e Resolução – ADR

Nível MR-MPS: C - Definido
Propósito:
O propósito do processo Análise de Decisão e Resolução é analisar possíveis decisões usando um processo formal da avaliação das alternativas identificadas em relação a critérios estabelecidos.



Resultados esperados:
ADR 1. O problema ou questão a ser objeto de um processo formal de tomada de decisão é definido;
ADR 2. Guias para a análise de decisão são estabelecidos e mantidos;
ADR 3. Alternativas de solução aceitáveis para o problema ou questão são identificadas;
ADR 4. Critérios para avaliação das alternativas de solução são estabelecidos e mantidos em ordem de importância de forma que os critérios mais importantes exerçam mais influência na avaliação;
ADR 5. Os métodos de avaliação das alternativas de solução são selecionados de acordo com sua viabilidade de aplicação;
ADR 6. Soluções alternativas são avaliadas usando os critérios e métodos estabelecidos;
ADR 7. Decisões são baseadas na avaliação das alternativas utilizando os critérios de avaliação estabelecidos.

5.2. Processo: Gerência de Riscos – GRI

Nível MR-MPS: C - Definido
Propósito:
O propósito do processo Gerência de Riscos é identificar, gerenciar e reduzir continuamente os riscos em nível organizacional e de projeto.



Resultados esperados:
GRI 1. O escopo da gerência de riscos é determinado;
GRI 2. As origens e as categorias de riscos são determinadas, os parâmetros usados para quantificação da probabilidade e severidade são definidos e as ameaças e suas fronteiras para cada categoria de risco são definidas;
GRI 3. Estratégias apropriadas para a gerência de riscos são definidas e implementadas;
GRI 4. Os riscos do projeto são identificados e documentados incluindo seu contexto, condições e possíveis conseqüências para o projeto e as partes que serão afetadas;
GRI 5. Os riscos são priorizados, estimados e classificados de acordo com as categorias e os parâmetros definidos;
GRI 6. Planos para a mitigação de riscos são desenvolvidos.
GRI 7. Os riscos são analisados e a prioridade de aplicação dos recursos para o monitoramento desses riscos é determinada;
GRI 8. A situação de cada risco é periodicamente monitorada e o plano de mitigação de riscos é implementado quando apropriado;
GRI 9. As medições de desempenho nas atividades de tratamento de risco são coletadas;
GRI 10. Ações apropriadas são executadas para corrigir ou evitar o impacto dos riscos.



Este nível de maturidade é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao C), acrescidos dos processos Desempenho do Processo Organizacional e Gerência Quantitativa do Projeto. Todos os processos devem satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2.

6.1. Processo: Desempenho do Processo Organizacional – DEP

Nível MR-MPS: B – Gerenciado Quantitativamente
Propósito:
O propósito do processo Desempenho do Processo Organizacional é estabelecer e manter um entendimento quantitativo do desempenho dos processos-padrão da organização para apoiar os objetivos para qualidade e para o desempenho dos processos. Também é propósito deste processo fornecer dados, linhas básicas
(baselines) e modelos para gerenciar quantitativamente os projetos da organização.



Resultados esperados:
DEP 1. A partir do conjunto de processos-padrão da organização, são selecionados os processos e/ou elementos de processos que serão objeto de análise de desempenho;
DEP 2. Medidas para análise do desempenho dos processos da organização são estabelecidas e mantidas;
DEP 3. Objetivos quantitativos para qualidade e para o desempenho dos processos da organização são definidos e mantidos;
DEP 4. Linhas bases (baselines) de desempenho dos processos da organização são estabelecidas;
DEP 5. Modelos de desempenho do processo para o conjunto do processos padrão da organização são estabelecidos e mantidos.

6.2. Processo: Gerência Quantitativa do Projeto – GQP

Nível MR-MPS: B – Gerenciado Quantitativamente
Propósito:
O propósito do processo Gerência Quantitativa do Projeto é gerenciar quantitativamente o processo definido para o projeto de forma a alcançar os objetivos para qualidade e para o desempenho do processo estabelecidos para o projeto.

Resultados esperados:
GQP 1. Os objetivos para qualidade e para o desempenho do processo para o projeto são estabelecidos e mantidos;
GQP 2. Os sub-processos mais adequados para compor o processo definido para o projeto são selecionados com base na estabilidade histórica, em dados de capacidade e em critérios previamente estabelecidos;
GQP 3. Sub-processos do processo definido para o projeto e que serão gerenciados estatisticamente são escolhidos a partir de critérios previamente estabelecidos;
GQP 4. O projeto é monitorado para determinar se seus objetivos para qualidade e para o desempenho do processo serão atingidos e ações corretivas são identificadas quando necessário;
GQP 5. Medidas e técnicas de análise para gerenciar estatisticamente os subprocessos escolhidos são selecionadas;
GQP 6. O entendimento da variação dos sub-processos escolhidos para gerência quantitativa , utilizando as medidas e técnicas de análise selecionadas, é estabelecido e mantido;
GQP 7. O desempenho dos sub-processos escolhidos para gerência quantitativa é monitorado para determinar a sua capacidade de satisfazer os seus objetivos para qualidade e para o desempenho e ações são identificadas quando for necessário tratar deficiências dos sub-processos;
GQP 8. Dados estatísticos e de gerência da qualidade são incorporados ao repositório de medidas da organização.



Este nível de maturidade é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao B), acrescidos dos processos Implantação de Inovações na Organização e Análise e Resolução de Causas. Todos os processos devem satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2.

7.1. Processo: Implantação de Inovações na Organização – IIO

Nível MR-MPS: A – Em Otimização
Propósito:
O propósito do processo Implantação de Inovações na Organização é selecionar e implantar melhorias incrementais e inovadoras que, de forma mensurada, melhorem os processos e as tecnologias da organização. As melhorias implantadas apóiam os objetivos de qualidade e de desempenho dos processos da organização, que são derivados de seus objetivos de negócio.

Resultados esperados:
IIO 1. Propostas de melhoria do processo e de melhoria tecnológica são coletadas e analisadas;
IIO 2. As melhorias inovadoras que aumentem a qualidade da organização e o desempenho do seu processo são identificadas e analisadas;
IIO 3. Projetos-piloto são planejados e realizados para identificar as melhorias no processo e as melhorias tecnológicas que serão implementadas;
IIO 4. As propostas de melhoria no processo e de melhorias tecnológicas são selecionadas com base em critérios quantificáveis definidos a partir dos objetivos de qualidade e de desempenho do processo da organização;
IIO 5. Os planos para a implantação das melhorias no processo e das melhorias tecnológicas selecionadas são estabelecidos e mantidos;
IIO 6. A implantação das melhorias no processo e das melhorias tecnológicas é realizada e gerenciada a partir dos planos;
IIO 7. Os efeitos resultantes da implantação das melhorias no processo e das melhorias tecnológicas são medidos e documentados.

7.2. Processo: Análise de Causas e Resolução – ARC

Nível MR-MPS: A – Em Otimização
Propósito:
O propósito do processo Análise de Causas e Resolução é identificar causas de defeitos e de outros problemas e tomar ações para prevenir suas ocorrências no futuro.

Resultados esperados:
ARC 1. Dados de defeitos e de outros problemas são selecionados para análise;
ARC 2. A análise da causa de defeitos e de outros problemas selecionados é realizada com as pessoas responsáveis por realizar a tarefa para identificar a sua raiz;
ARC 3. Ações necessárias para evitar a ocorrência futura de defeitos e outros problemas similares aos selecionados são propostas e documentadas;
ARC 4. Ações propostas e documentadas que foram desenvolvidas durante a análise da causa e que possuem uma relação custo/benefício satisfatória são implementadas para remover as causas dos defeitos e dos problemas analisados e evitar ocorrências futuras;
ARC 5. O efeito das mudanças no desempenho dos processos é medido e avaliado para obter evidência de que as mudanças nos processos corrigiram o problema e melhoraram o desempenho;
ARC 6. Dados da análise de causas e resolução são armazenados para que outros projetos e organizações possam realizar mudanças apropriadas nos processos e alcançar resultados similares.


INSTITUIÇÕES IMPLEMENTADORAS (II)

Uma implementação do MR-MPS pode ser conduzida por uma Instituição Implementadora (II) credenciada pela SOFTEX conforme parecer do Fórum de Credenciamento e Controle (FCC).
Para solicitar o seu credenciamento, as instituições proponentes devem cumprir os seguintes requisitos institucionais:




⇒possuir uma estratégia de implementação do Modelo de Referência MRMPS;
⇒possuir uma estratégia de seleção, capacitação e manutenção da competência dos membros da equipe de Implementação do MPS.BR; e,
⇒ter vinculados à mesma, no mínimo, 3 (três) profissionais aprovados na Prova de Introdução (P1-MPS.BR) e Prova para Implementadores (P2- MPS.BR), sendo que um deve ser o coordenador da equipe.
Após análise do documento e parecer favorável do Fórum de Credenciamento e Controle (FCC), a SOFTEX assina um Termo de Convênio com a Instituição Implementadora (II) para seu credenciamento por um período de 2 anos.



BIBLIOGRAFIA BÁSICA
⇒KOSCIANSKI, André. Qualidade de Software. São Paulo: Novatec Editora, 2007.
⇒PRESSMAN,  Roger S.. Engenharia de software. São Paulo: Makron Books, 2006.
⇒SOMMERVILLE, Ian. Engenharia de software. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2007

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
⇒PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: Teoria e casos. Campus, 2006.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
[ABNT, 1998] - ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR ISO/IEC 12207 – Tecnologia de informação - Processos de ciclo de vida de software. Rio de Janeiro: ABNT, 1998, 35 p.

[ABNT, 2000] - ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR ISO 9000:2000 – Sistemas de gestão da qualidade e garantia da qualidade – Fundamentos e Vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

[BUSH e DUNAWAY, 2005] Bush, Marilyn and Dunaway, Donna. CMMI Assessments: Motivating Positive Change. The SEI Series in Software Engineering. Pearson Education, Inc. 2005.

[ISO/IEC 12207:1995/Amd 1:2002] - the International Organization for Standardization and the International Electrotechnical Commission. ISO/IEC 12207 Amendment: Information Technology - Amendment 1 to ISO/IEC 12207, Geneve: ISO, 2001.

[ISO/IEC 12207:1995/Amd 2:2004] - the International Organization for Standardization and the International Electrotechnical Commission. ISO/IEC 12207 Amendment: Information Technology - Amendment 2 to ISO/IEC 12207, Geneve: ISO, 2004.

[ISO/IEC 12207:1995] - the International Organization for Standardization and the International Electrotechnical Commission. ISO/IEC 12207 Information technology – Software life cycle processes, Geneve: ISO, 1995.

[ISO/IEC 15504-1, 2004] - the International Organization for Standardization and the International Electrotechnical Commission. ISO/IEC 15504-1: Information Technology - Process Assessment – Part 1 - Concepts and Vocabulary, Geneve: ISO, 2004.

[ISO/IEC 15504-2, 2003] - the International Organization for Standardization and the International Electrotechnical Commission. ISO/IEC 15504-2: Information Technology - Process Assessment – Part 2 - Performing an Assessment, Geneve: ISO, 2003.

[ISO/IEC 15504-3, 2004] - the International Organization for Standardization and the International Electrotechnical Commission. ISO/IEC 15504-3: Information Technology - Process Assessment - Part 3 Guidance on Performing an Assessment, Geneve: ISO, 2004.

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